terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Reunião com SEBRAE

Hoje, 27 de janeiro de 2009, às 14h30, Maia e eu nos reunimos com Emerson do Sebrae de Guarulhos, na nova sede dos caras. O Maia havia marcado uma conversa com eles a respeito da possibilidade de apoio ao seminário sobre reciclagem que a ONG deve organizar para março/abril desse ano, e me convidou para tratar de questões "técnicas" referentes ao Turismo de Base Local, do nosso grupo de estudos e das possíveis relações entre isso tudo e o Sebrae.

Bom, no que se relaciona ao nossos trabalhos, expus que nossa intenção é de atuar nas três linhas e que o Sebrae, caso se interesse na proposta conceitual e prática (alternativa àquilo que eles próprios entendem por turismo) de ser um trabalho comunitário, pode trabalhar junto com a gente discutindo bases conceituais e articulando-as com a noção que eles têm de desenvolvimento local (agora eles chamam de territorial...).

O próprio Sebrae, na conversa com Emerson, reconheceu que todos falhamos em "abrir mão" de planejar com autonomia nossa proposta de desenvolvimento local a partir do turismo comunitário. Isso fez com que - numa análise já discutida entre nós - prevalecesse a ideia de se criar uma organização no bairro que desse conta do desenvolvimento local do Cabuçu. Um bairro com mais 60.000 pessoas não se desenvolve um conceito desse tamanho com uma ONG. Nem o Sebrae sozinho... Bom, em função disso foi ponto pacífico na conversa que a proposta de sempre do Projeto Cabuçu - implantar o Turismo de Base Local articulando-o com economia solidária, permacultura etc. etc. etc. para subsidiar mudanças no bairro e uma educação ambiental crítica - foi deixada de lado por algo muito maior e com pouca relação com aquilo que estávamos realmente a fim (e com condições) de fazer.
Outro lance que os caras do Sebrae reconhecem é que nós temos condições suficientes de definir o que queremos e quais caminhos seguir, cabendo ao Sebrae identificar as possibilidades de nos apoiar com aquilo que eles têm: produtos predeterminados, alguns direcionados à formação de lideranças, associativismo e outros temas que podem nos interessar. O lado bom disso tudo é o monte de experiência e conhecimento que adquirimos e a baita articulação institucional realizada nos três últimos anos pela ONG em Guarulhos.

Diante disso, combinamos o seguinte:

1. podemos fazer um levantamento em alguns loteamentos (tipo Jd. dos Cardosos, Siqueira Bueno e Monte Alto, em função da proximidade com os roteiros), de casa em casa, para identificar as famílias, residências, perfil destas e que tipos de produtos de alimentação e manufaturados podem sair dali, bem como avaliar a predisposição de atuar em programa ligados ao turismo de base local, permacultura, hortas orgânicas descentralizadas etc.

2. Com esses resultados em mãos podemos: i) traçar um "mapa" disso tudo para programar junto com os interessados as ações de formação e articulação com as visitas ao Cabuçu; ii) já acionar o Sebrae em relação aos cursos que eles têm e que interessarem ao planejamento que desenvolvermos (uma possibilidade aberta é, caso o Anderson leve de fato adiante a ideia da cooperativa de serviços turísticos, o planejamento ser levado nessa direção).

Bom pessoal, está na mesa pra discussão. Minha ideia é começarmos semana que vem, conforme combinado, a traçar, mapear, organizar e definir os roteiros e seus respectivos conteúdos, públicos-alvo, logística de deslocamento, alimentação etc. A partir disso teremos condições de, aí sim com os levantamentos acima propostos, definir junto com os interessados (famílias) um planejamento mínimo para implantar de vez o Turismo de Base Local e lançar algo que sustente as demais propostas que agregam muito a tudo isso, como economia solidária, permacultura etc.

Inté.

Rodrigo Machado

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