terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Núcleo de Educação Ecoprofissional (NEE) de Cubatão do PJ MAIS (RBCV/SP)

O Programa de Jovens Meio Ambiente e Integração Social (PJ MAIS) é um programa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV/SP - IF/SMA) que no Núcleo de Educação Ecoprofissional (NEE) de Cubatão acontece por conta do Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar.
O PJ MAIS é um programa de formação integral e ecoprofissional com duração básica mínima de 2 anos envolvendo adolescentes entre 14 e 21 anos de idade, da rede pública de ensino, provenientes de famílias socioeconomicamente menos favorecidas e que sejam moradores de zonas periurbanas do Cinturão Verde de São Paulo.

1- A Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo - RBCV/SP - IF/SMA

As Reservas da Biosfera são uma figura instituída pela UNESCO (ONU) através do Programa Man and Biosphere (MaB/UNESCO) como forma de abrigar uma rede áreas, no globo, de relevante valor ambiental para a humanidade e que se constitui uma herança comum ao Ser Humano. Longe de ser apenas uma comenda ou figura de retórica, as Reservas da Biosfera representam um verdadeiro instrumento referendado internacionalmente para a resistência da sociedade civil em favor da herança de todos.

No mundo são mais de 400 Reservas da Biosfera, espalhadas em todos os continentes e que possuem uma gestão articulada via UNESCO. E no Brasil existem 7 Reservas da Biosfera, praticamente em todos os biomas brasileiros.













A RBCV-SP, parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica abrange 75 municípios, abarcando duas regiões metropolitanas praticamente inteiras, Região Metropolitana de São Paulo e da Baixada Santista. A Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV/SP) é a única no mundo inserida num contexto urbano onde a pressão sobre os recursos naturais e consequentemente sobre a qualidade de vida humana é muito forte.


A coordenação executiva da RBCV/SP é feita pelo Instituto Florestal (IF) da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SMA). E a RBCV/SP possui um Conselho Gestor composto por membros de todas as esferas da sociedade.

Por estar inserida num contexto urbano e ser decorrente de fortes presões humanas, o foco da RBCV/SP é o estabelecimento de um ponto de equilíbrio. Que o cinturão verde consiga, por tempo indeterminado, asseguras a conservação da biodiversidade de suas áreas e o bem-estar de sua população, proporcionando assim, serviços ambientais de seus ecossistemas. Em contrapartida, harmonizar a relação e diminuir a pressão da cidade sobre seu entorno.
Nesse sentido, a RBCV/SP estabeleceu linhas de ção e um sistema de gestão que contribui com o alcance de seus objetivos.

Entendendo o grande potencial humano na transformação e compreendendo a extrema vulnerabilidade que parcela da sua população está exposta, sobretudo a juventude dessa região, uma das linhas de ação da RBCV/SP é o Programa de Jovens Meio Ambiente e Integração Social (PJ MAIS).


2- Programa de Jovens Meio Ambiente e Integração Social (PJ MAIS)

Trata-se de um programa de formação integral e ecoprofissional com duração básica mínima de 2 anos envolvendo adolescentes entre 14 e 21 anos de idade, da rede pública de ensino, provenientes de famílias socioeconomicamente menos favorecidas e que sejam moradores de zonas periurbanas do Cinturão Verde de São Paulo.

Através de cursos eco-profissionalizantes o PJ MAIS tem como objetivo a conscientização ambiental de adolescentes residentes dessas áreas periurbanas, o resgate de sua cidadania e a promoção de seu ingresso no "Eco-mercado" de trabalho, a partir de sua capacitação técnica.

Começou em 1996 no município de São Roque, como um modelo diferenciado de educação, que estimula o desenvolvimento de habilidades e vocações, a consciência ambiental, a preocupação com a conservação do meio ambiente e a geração de renda.

Após êxito da aplicação do Projeto Piloto em São Roque, ocorreu uma difusão da proposta do PJ MAIS para municípios da RBCV/SP onde atualmente o programa é aplicado em 22 Núcleos de Educação Ecoprofissional (NEE) atuando todos em sistema de REDE, sendo eles: Caieiras, Cajamar, Cotia (Caucaia do Alto e Granja Viana), Cubatão, Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Francisco Morato, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Paraibuna, Santo André (Vila de Paranapiacaba e Parque do Pedroso), São Bernardo do Campo, São Paulo (Perus e Horto Florestal) e São Roque.

3- Contexto do Núcleo de Educação Ecoprofissional (NEE) de Cubatão e o Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar


O NEE Cubatão do PJ MAIS está inserido dentro do Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar que constitui uma ação integrada do Governo do Estado de São Paulo (sendo um dos 21 Projetos Estartégicos) para a recuperação ambiental de porções de território da Serra do Mar, que foram objeto de ocupações inadequadas ao longo do tempo.

4- Características do PJ MAIS NEE Cubatão

O PJ MAIS NEE Cubatão integrado ao Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar tem entre seus objetivos: promover a sustentabilidade social, econômica e ambiental da população, a capacitação profissional e desenvolvimento comunitário, e implantar programas e equipamentos de educação socioambiental de geração de trabalho e renda.


Indo ao encontro desses objetivos, o PJ MAIS NEE Cubatão em mais de 1 ano está atendendo 50 jovens (1ª e 2ª turma) residentes na área de abrangência do Programa Serra do Mar - Bairros Cotas e Adjacências, sendo: Cota 400, Cota 200, Cota 95/100, Fabril, Pinhal do Miranda, Pinheiro, Grotão, Pilões, Água Fria.

O PJ MAIS NEE Cubatão busca formar e criar condições de ecomercado de trabalho para esses jovens. Toda a formação diária (de segunda a sexta-feira) durante 2 anos está estruturada através de Oficinas Temáticas, sendo elas:


- Oficina PROMAFs (Produção e Manejo Agrícola e Florestal Sustentável) - horta orgânica, restauração e recuperação florestal, paisagismo etc

- Oficina TURISMO SUSTENTÁVEL

- Oficina CONSUMO, LIXO E ARTE

- Oficina FORMAÇÃO INTEGRAL

- Oficina ECOMERCADO DE TRABALHO


Todo esse trabalho só acontece principalmente por conta das seguintes parcerias:

- Governo do Estado de São Paulo (Secretaria Estadual de Meio Ambiente - Coordenadoria de Educação Ambiental)

- Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV/SP) - Instituro Florestal (SMA)

- CEPEMA-USP

- Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Itutinga Pilões) - Fundação Florestal (SMA)

- CDHU

- Prefeitura Municipal de Cubatão (Secretaria de Educação; Secretaria de Cultura e Turismo; Secretaria de Meio Ambiente; Secretaria de Assistência Social)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Núcleo de Educação Ecoprofissional de Cubatão e Coordenadoria de Educação Ambiental experimentam proposta de Turismo Pedagógico de Base Local

O Núcleo de Educação Ecoprofissional (NEE) de Cubatão do PJ MAIS (Programa de Jovens – Meio Ambiente e Integração Social), apoiado pelo Projeto Serra do Mar, promoveu no dia 08 de novembro, domingo, uma primeira experiência voltada para a ideia de Turismo Pedagógico de Base Local, envolvendo moradores dos Bairros Cotas em alternativas de geração de trabalho e renda. Os visitantes foram estudantes de pós-graduação em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável de uma instituição de ensino superior de Osasco. O objetivo da visita foi apresentar o PJ MAIS como um processo de educação ambiental, bem como expor aos visitantes as possibilidades de se trabalhar a educação ambiental dentro de uma unidade de conservação e fora dela, trabalhando o contexto histórico e socioeconômico no qual se insere os bairros Cotas em Cubatão. A própria forma de organização da visita (compartilhada entre jovens, técnicos, entre outros), das oficinas (realizadas no âmbito do programa) e de núcleos produtivos locais (como de alimentação) foi objeto de discussão com os estudantes.
Na proposta o turismo é compreendido tanto como eixo a partir do qual podem se organizar alguns núcleos produtivos (como um arranjo produtivo local), como também portador de um sentido educativo. Os jovens do PJ MAIS se envolvem em ambas as perspectivas, uma vez que o objetivo é conduzir grupos de estudantes de ensino superior, professores e pesquisadores, criando um ambiente de diálogo entre o conhecimento desenvolvido nas faculdades e universidades e aquele produzido com a prática dos moradores organizados para receber os visitantes. Trata-se de adjetivar o turismo como Pedagógico porque incentiva a construção de conhecimento entre todos os envolvidos; de base local porque protagonizado pelos próprios moradores. Os núcleos produtivos a ser trabalhados são os mesmos do PJ MAIS (turismo sustentável, produção e manejo agroflorestal, consumo e arte, agroindústria artesanal). Assim, para a experiência do dia 08 de novembro, os jovens participantes do programa estudaram e organizaram o receptivo, prepararam o roteiro de visita pelos bairros Cotas e pelo Núcleo Itutinga-Pilões (NIP) do Parque Serra do Mar (PESM) e compartilharam a condução e monitoria dos grupos com os trabalhadores do NIP. O café da manhã e o almoço foram fornecidos por um grupo de mulheres organizadas pela CDHU, também no âmbito do Projeto Serra do Mar. Os educadores responsáveis pelas oficinas do NEE Cubatão acompanharam a visita, apoiando os jovens e registrando a atividade, de forma a ter em mãos um rico material para discutir nos encontros formativos do programa. A intenção do NEE Cubatão e dos técnicos da CEA envolvidos é que a proposta subsidie as discussões de planejamento do curso para as novas turmas, de maneira a garantir funcionalidade ao aprendizado proporcionado pelas oficinas do PJ MAIS. Além disso, a coordenação do NEE Cubatão trabalha em duas direções, inicialmente: identificar novas possibilidades de trazer estudantes, professores e pesquisadores de ensino superior, e amadurecer mais três roteiros que promovam a educação ambiental e a geração de trabalho e renda pelo turismo de base local. No mesmo sentido, um próximo passo será apresentar a experiência bem sucedida e debater a proposta com o conselho do NEE. Durante o mês de novembro, além da experiência, da apresentação e discussão com o conselho do NEE, a proposta foi exposta em dois eventos: o 2° Seminário sobre Áreas Verdes (promovido pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo) e no 7° Congresso Nacional de Ecoturismo, em Vitória (ES). A atividade contou com a importante contribuição da CDHU, do NIP-PESM, da CEA e do NEE Cubatão (jovens, coordenação e educadores). Seguem mais algumas fotos.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ano novo, vida nova... mas o trampo e a utopia continuam!

Buenas!

Bom, depois de mais de meses... estamos propondo a retomada do grupo que, de tempos em tempos, encontra motivos pra simplesmente não acabar. Nem com a ideia, nem com as propostas, nem com a finalidade de um grupo de estudos.

Pelo que vi o Maia - ou alguém - passou por aqui e já adiantou nossa saída do Projeto Cabuçu. Certamente esse movimento por desenvolvimento local no Cabuçu a partir do desenvolvimento do turismo de base local foi essencial à nossa formação. Mas, contudo, porém, todavia... a realidade é dinâmica e aqui estamos a atuar com outras possibilidades, sempre a partir de referenciais consistentes em termos de educação, de turismo e de meio ambiente.

A proposta é a seguinte: como estamos Somália e eu trabalhando novaente juntos - ele pela Reserva da Biosfera e eu pela Coordenadoria de Educação Ambiental da SMA/SP - atuamos no NEE Cubatão do PJ MAIS. Sendo assim, desenvolvemos muito do que construímos e aprendemos nos idos de 2002 em diante. Portanto, o lance é retomarmos esse grupos de estudos, buscarmos abrigo (talvez o PJ MAIS, o NEE Cubatão, a própria Reserva da Biosfera...), envolvermos mais gente (tem a Nadja, o Maurício...) e começarmos a sistematizar nossa nova experiência, agora na baixada.

No nosso acervo carreguei nossos dois últimos textos, apresentados no Seminário de Areas Verdes em SP e no Congresso Nacional de Ecoturismo, no ES.


Vâmo que vâmo.

Machado

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Encontro de 30/05/2009 Impacto Antrópico

Em nosso último encontro discutimos sobre o impacto antrópico, ou seja, o impacto do homem sobre o meio em que vive, direcionando os raciocínios de forma endógena e seguindo a linha Cabuçu, Guarulhos, São Paulo, Brasil, Mundo.

Tendo como exemplo as atividades de turismo pedagógico que realizamos, tratamos as diversas possibilidades de influência das pessoas no meio ambiente e vice-versa e, na visão do coletivo, no que tange as ações realizadas pela equipe de alimentação a região e regionalização são tidas como uma das mais fortes influências já que os tipos de alimentos que são utilizados e consumidos podem ter diversos impactos sobre a economia local ou mesmo sobre a flora e fauna considerando-se o descarte ou uso de restos ou sementes; também foram levados em conta a acomodação das pessoas na hora da alimentação o que pode variar por uma questão cultural e o perfil da pessoa visitante que se for muito diferente do perfil do receptor pode causar considerável mudança nos hábitos alimentares locais, além dos benefícios nutricionais do aproveitamento máximo dos alimentos.

Com relação ao artesanato concluiu-se que a atividade pode ter grande impacto sobre a saúde dos artesãos já que o trabalho é também intelectual, envolve paciência, criatividade e é usado até mesmo como terapia em alguns casos; também se tem a visão de que o artesanato pode e deve ser realizado reutilizando-se materiais e que também é importante produzir-se itens que possam ser utilizáveis pelo máximo de tempo possível; o artesanato também foi citado como uma das formas mais simples e rápidas de incluir e desenvolver as pessoas.

Na monitoria o maior impacto considerado pelo grupo é o da recepção, processamento e transmissão do conhecimento e saber gerado pelas atividades, equilíbrio e imparcialidade na hora do repasse de dados brutos, além dos prós e contras das atividades, levando em consideração o físico/corporal humano e do impacto negativo direto causado ao solo, fauna e flora em caso de presença humana desorganizada.

Concluiu-se ao final que uma das melhores maneiras de aproveitamento dos benefícios do impacto antrópico é trabalhar coletivamente usando a si próprio como exemplo e incutindo na família o conhecimento adquirido.

Anderson - Cabuçu



sábado, 16 de maio de 2009

Encontro dia 09.05.2009


Olá a todos!


Tivemos um breve encontro com os Jovens que estão atuando no GEP-TEA.
O encontro teve ínicio as 9hs da manhã e término as 10hs da manhã.
Dentre os pontos discutidos destacm-se:

  • Nova definição de encontros e dias destes encontros.
Foi de comum acordo que os encontros sendo realizados em todos os sábados do mês estavam sobrecarregando os Integrantes do grupo com as mais novas informações debatidas.

Encaminhamentos:
Os Encontros deverão ser quinzenais, dividindo-se em um Encontro Teórico e um Encontro Prático.
  • Reuniões Especificas por Núcleo
Todos integrantes apresentaram dificuldades em participarem dos Encontros Integrados, embora tenham gostado das primeiras vivências coletivas.

Encaminhamentos: É de comum acordo que exista Encontros especificos com o Núcleo de Artesanato, Núcleo de Monitoria e Núcleo de Alimentação, a fim de cada um se aprofundar nos conhecimentos de seu Núcleo e não tendo que passar por todos e tendo plenos conhecimentos para dominar todos os processos. Porém foi acordado que o Núcleo de Monitoria seja o Núcleo que aprofunde seus conhecimentos e saiba do processo realizado pelos outros Núcleos.

  • Identificação dos Moradores com Potencial aos Núcleos
Foi um ponto bem discutido no encontro de hoje. Os integrantes sugeriram a proposta de identificar moradores que tenham potencial, de forma a fazerem parte dos Núcleos.

Encaminhamentos: Aquele questionário que temos e que o Anderson já fez algumas aplicações com os moradores deverá ser multiplicado entre os integrantes do grupo de forma agilizarmos o processo, pois, podemos nos dividir para fazer este levantamento.

É isto pessoal, vamos nos falando e trocando o máximo de informações!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Encontro dia 18 de abril de 2009

Pessoal, essas são fotos de nosso primeiro encontro formativo. Mais pessoas podem se juntar ao grupo. A ideia de todos é que o grupo, de forma autônoma, idealize, planeje e organize as visitas ao Cabuçu, tanto de visitantes como de moradores. Esse encontro foi no sábado, 18 de abril de 2009. Nele conversamos e trocamos ideias no sentido de construirmos nossa proposta de Turismo Pedagógico de Base Local. Já começamos. Agora é amadurecer a ideia e experimentá-la na prática.
A seguir alguns pontos que conversamos. O GEP-TEA enviou as perguntas e o grupo as respondeu. Com as respostas individuais, o GEP-TEA criou uma resposta coletiva. Ficou bem legal. E essa é nossa concepção de turismo educativo a envolver moradores e visitantes:
"Podemos relacionar o turismo com a educação a partir do momento em que promovemos àqueles que visitam o Cabuçu, moradores e visitantes, momentos, situações e vivências nos quais percepções são despertadas, conhecimentos são construídos e reflexões e informações sobre o ambiente são trocadas, seja sobre o espaço em que moramos ou aquele que visitamos ou observamos com outros olhares. Assim turismo e educação tornam-se duas dimensões de um mesmo todo: o processo de conscientização sobre os problemas sociais e ambientais por meio da Educação Ambiental em trilhas pelas matas e pelos loteamentos. Uma Educação Ambiental que considera a história do bairro, a biodiversidade que ele ainda protege e as pessoas que moram nele e o fazem existir no mapa. Enfim, temos a compreensão de que o turismo é uma forma de conhecer e a educação é um processo em que buscamos compreender mais e melhor nosso ambiente e como nos relacionamos entre nós e com ele.

O turismo pode educar oferecendo a moradores e visitantes outras possibilidades de olhar o ambiente e compreender as relações entre as pessoas e destas com o meio em que vivem. Encontramos outras formas de o turismo educar em situações que apresentem a história do surgimento e evolução de bairros como o Cabuçu, que promovam a interação entre as pessoas que participam de roteiros, trilhas, palestras, debates, jogos e brincadeiras e que busquem demonstrar a necessidade de conhecer e respeitar o espaço em que vivemos, para então termos condições de conservá-lo.

Diante desta proposta de turismo educativo o Cabuçu tem a oferecer um ambiente que se constitui de pessoas, de áreas verdes, de história e de cultura, no mesmo espaço, expressos na existência do parque, dos moradores e suas comunidades, suas histórias e seus modos de vida.
Trata-se, certamente, de uma ideia de turismo educativo que pode e deve envolver e integrar moradores e visitantes, uma vez que há muitas pessoas que vivem no bairro que não o conhecem tanto. Se visitantes vêm ao Cabuçu ver e pensar sobre meio ambiente e suas responsabilidades para buscar melhorar sua qualidade, moradores também têm direito a olhar de diferentes formas para o bairro em que residem. Estamos sempre aprendendo e podemos realizar isso todos juntos, cada um com seu ponto de vista: de dentro do Cabuçu e de fora do bairro, construindo conhecimento e pensando em ações de maneira consciente e coletiva."

"O Cabuçu pode promover a ideia aqui construída de turismo oferecendo algumas produções próprias a envolver as situações e circunstâncias educativas. Tais produções próprias se expressam em uma alimentação que tenha identidade com as pessoas que vivem no bairro, um artesanato que se identifique com o ambiente local e que também se dedique a ser uma lembrança agradável da vivência da visita, e uma monitoria ambiental que se disponha a apresentar novas formas de olhar e de se relacionar com a realidade e com o ambiente em que vivemos. No caso da alimentação, deve ter uma base natural e ser direcionada a uma reeducação alimentar, com produtos produzidos ou comercializados no próprio bairro. A produção de artesanato também com recursos naturais abundantes no Cabuçu e expressando sua história e cultura dos que aqui vivem. Já a monitoria torna-se mais que um conjunto de tarefas e passa a ter missão mais nobre: conhecer-se e educar-se para poder trocar com aqueles que vêm em busca de educação ambiental e construção de conhecimento. É importante ressaltarmos que somos todos um coletivo só, que se apresenta nas dimensões da alimentação, da arte e do compartilhamento de olhares e reflexões sobre o ambiente."

terça-feira, 14 de abril de 2009

Encontro de Integração entre Núcleos Produtivos



No sábado, 11 de abril de 2009, encontraram-se no espaço cedido pelo Pesqueiro, no Cabuçu, integrantes (recém chegados e mais antigos) dos três núcloes produtivos: monitoria ambiental, produção de artesanato e preparação de alimentação saudável para recepção de visitantes do Cabuçu.
Foi exposto aos presentes por mebros do GEP-TEA a proposta de construirmos juntos mais uma tentativa de promover o Turismo de Base Local no bairro. Considerando tudo o que já existe, aquilo que deu certo e corrigindo o que não estava lá muito bom, a nova proposta de trabalho parte de algumas ideias como:
- todos os integrantes fazem parte de um só grupo. Isso torna possívela a não alienação de uma pessoa em relação aos demais trabalhos;
- passaremos todos, do GEP-TEA e do grupo todo, por um processo formativo no qual construiremos conhecimento próprio sobre temas relacionados ao Turismo de Base Local, Turismo Pedagógico, estudo do meio, Educação Ambiental Crítica e outros conceitos que se articulam com a práxis já desenvolvida no Cabuçu.
Todo sábado à arde será dia de nos encontrarmos e discutirmos - inclusive em campo - tais questões. No próximo sábado, dia 18/04/2009 nos encontraremos às 15h no pesqueiro, para darmos todos (pessoal da alimentação e do artesanato) um giro pelo roteiro a ser elaborado pelo pessoal do Ponto de Cultura.



sexta-feira, 3 de abril de 2009

Seguem algumas imagens de um grupo de estudantes de pós-graduação em Gestão e em Educação Ambiental da UNIFIEO (Osasco)






Esse pessoal veio conhecer a proposta de Turismo Pedagógico de Base Local como forma de promover a Educação Ambiental Crítica que o GEP-TEA vem trabalhando no Cabuçu. As disciplinas que o grupo tem discutido no Centro Universitário são Problemas socioambientais da Região Metropolitana e Fundamentos de Educação Ambiental.

Embora não tenham vindo ao Cabuçu na condição de visitantes, os estudantes desenvolveram uma das atividades propostas para futuras visitas: a troca de percepções sobre dois diferentes ambientes: o interior do parque e a área externa ao Parque Estadual da Cantareira. A partir de roteiros de observação elaborados por Weber e Juliana - orientando a observação e percepção ambiental com relação ao meio físico e à paisagem - o grupo de pós-graduandos promoveu uma discussão sobre a necessidade de haver ações educativas que considerem a necessidade de se ter contato com a importância da conservação dos recursos naturais (interior do parque), articuladas com vivências que proporcionem um olhar mais crítico ao contexto socioeconômico e cultural que envolve a necessidade de haver unidades de conservação, bem como revermos nosso modelo de desenvolvimento e padrões de relacionamento com o meio.










Outra informação importante sobre essa visita é o não envolvimento de moradores responsáveis pela alimentação e manufaturados na experiência. Como não vieram conhecer o Cabuçu, mas sim a proposta educativa a partir do turismo, a ideia foi envolver sobretudo os futuros monitores ambientais. Com os recursos arrecadados nesta visita de estudantes, será possível termos uma espécie de fundo para aquisição de materiais e equipamentos a serem utilizados no processo de formação básica de monitores ambientais do Cabuçu.


De acordo com nosso cronograma de trabalho definido em fevereiro de 2009, a ideia é termos visitas monitoradas, com alimentação e venda de artesanato no segundo semestre desse ano. Será quando tanto moradores que elaboram as refeições, como aqueles que guiam os visitantes e preparam uma lembrança do bairro deverão desenvolver juntos a recepção de visitantes.