quinta-feira, 23 de abril de 2009

Encontro dia 18 de abril de 2009

Pessoal, essas são fotos de nosso primeiro encontro formativo. Mais pessoas podem se juntar ao grupo. A ideia de todos é que o grupo, de forma autônoma, idealize, planeje e organize as visitas ao Cabuçu, tanto de visitantes como de moradores. Esse encontro foi no sábado, 18 de abril de 2009. Nele conversamos e trocamos ideias no sentido de construirmos nossa proposta de Turismo Pedagógico de Base Local. Já começamos. Agora é amadurecer a ideia e experimentá-la na prática.
A seguir alguns pontos que conversamos. O GEP-TEA enviou as perguntas e o grupo as respondeu. Com as respostas individuais, o GEP-TEA criou uma resposta coletiva. Ficou bem legal. E essa é nossa concepção de turismo educativo a envolver moradores e visitantes:
"Podemos relacionar o turismo com a educação a partir do momento em que promovemos àqueles que visitam o Cabuçu, moradores e visitantes, momentos, situações e vivências nos quais percepções são despertadas, conhecimentos são construídos e reflexões e informações sobre o ambiente são trocadas, seja sobre o espaço em que moramos ou aquele que visitamos ou observamos com outros olhares. Assim turismo e educação tornam-se duas dimensões de um mesmo todo: o processo de conscientização sobre os problemas sociais e ambientais por meio da Educação Ambiental em trilhas pelas matas e pelos loteamentos. Uma Educação Ambiental que considera a história do bairro, a biodiversidade que ele ainda protege e as pessoas que moram nele e o fazem existir no mapa. Enfim, temos a compreensão de que o turismo é uma forma de conhecer e a educação é um processo em que buscamos compreender mais e melhor nosso ambiente e como nos relacionamos entre nós e com ele.

O turismo pode educar oferecendo a moradores e visitantes outras possibilidades de olhar o ambiente e compreender as relações entre as pessoas e destas com o meio em que vivem. Encontramos outras formas de o turismo educar em situações que apresentem a história do surgimento e evolução de bairros como o Cabuçu, que promovam a interação entre as pessoas que participam de roteiros, trilhas, palestras, debates, jogos e brincadeiras e que busquem demonstrar a necessidade de conhecer e respeitar o espaço em que vivemos, para então termos condições de conservá-lo.

Diante desta proposta de turismo educativo o Cabuçu tem a oferecer um ambiente que se constitui de pessoas, de áreas verdes, de história e de cultura, no mesmo espaço, expressos na existência do parque, dos moradores e suas comunidades, suas histórias e seus modos de vida.
Trata-se, certamente, de uma ideia de turismo educativo que pode e deve envolver e integrar moradores e visitantes, uma vez que há muitas pessoas que vivem no bairro que não o conhecem tanto. Se visitantes vêm ao Cabuçu ver e pensar sobre meio ambiente e suas responsabilidades para buscar melhorar sua qualidade, moradores também têm direito a olhar de diferentes formas para o bairro em que residem. Estamos sempre aprendendo e podemos realizar isso todos juntos, cada um com seu ponto de vista: de dentro do Cabuçu e de fora do bairro, construindo conhecimento e pensando em ações de maneira consciente e coletiva."

"O Cabuçu pode promover a ideia aqui construída de turismo oferecendo algumas produções próprias a envolver as situações e circunstâncias educativas. Tais produções próprias se expressam em uma alimentação que tenha identidade com as pessoas que vivem no bairro, um artesanato que se identifique com o ambiente local e que também se dedique a ser uma lembrança agradável da vivência da visita, e uma monitoria ambiental que se disponha a apresentar novas formas de olhar e de se relacionar com a realidade e com o ambiente em que vivemos. No caso da alimentação, deve ter uma base natural e ser direcionada a uma reeducação alimentar, com produtos produzidos ou comercializados no próprio bairro. A produção de artesanato também com recursos naturais abundantes no Cabuçu e expressando sua história e cultura dos que aqui vivem. Já a monitoria torna-se mais que um conjunto de tarefas e passa a ter missão mais nobre: conhecer-se e educar-se para poder trocar com aqueles que vêm em busca de educação ambiental e construção de conhecimento. É importante ressaltarmos que somos todos um coletivo só, que se apresenta nas dimensões da alimentação, da arte e do compartilhamento de olhares e reflexões sobre o ambiente."

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